Distribuição espaço-temporal da Leishmaniose Visceral Humana e associação a fatores ambientais no estado do Maranhão, Brasil

Fazendo Educação




ISBN: 978-65-6009-124-5

DOI: 10.29327/5468808

Descrição: A Leishmaniose Visceral Humana (LVH) é uma enfermidade de grande importância médica, devido ao elevado número de óbitos pela doença quando não há o tratamento adequado. Ela faz parte do grupo de doenças classificadas como Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) e apresenta uma ampla distribuição geográfica em diferentes regiões do mundo. No Brasil, o Maranhão ocupa o primeiro lugar em internações da região Nordeste, possuindo a segunda maior taxa de letalidade pela doença. Diante disso, este trabalho objetivou identificar o padrão de distribuição espacial e temporal da LVH e sua relação com fatores ambientais no período de 2011 a 2020 no estado do Maranhão. A pesquisa, de cunho ecológico explicativo com análise espacial e temporal, foi desenvolvida entre maio e novembro de 2022, utilizando-se informações disponíveis nos sites do DATASUS, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do MapBiomas. Foram utilizados dados brutos, cálculos descritivos percentuais e estimativa da taxa de incidência da doença. Utilizou-se o software QGis para estimação da densidade de Kernel e geração de mapas, além do software Statistica para a realização de teste de aderência do Qui-quadrado, Análise de Variância (ANOVA) para medidas repetidas e análise de correlação de Pearson. As investigações contabilizaram um total de 5809 casos e 418 óbitos pela doença, sendo que a zona urbana registrou o maior percentual de acometimentos, tendo São Luís como a microrregião que mais quantificou casos e óbitos por LVH no período estudado. O perfil epidemiológico demonstra que os principais indivíduos afetados são do sexo masculino, apresentam faixa etária de até 9 anos, possuem raça/cor parda e ensino fundamental. As maiores taxas de incidência de LVH ocorreram na microrregião de Coelho Neto e as maiores densidades ocorreram na Aglomeração Urbana de São Luís. De maio a setembro foram registradas as maiores médias de infecção para o período estudado e foi detectada associação entre a ocorrência da doença e a pluviosidade e temperatura. Constatou-se, aqui, que a utilização do geoprocessamento e de análises estatísticas são importantes para auxiliar na identificação de áreas de maior prioridade e contribuir para o desenvolvimento de ações de controle e prevenção da doença no Maranhão.

Autores: Luiza Maria Quaresma Gomes; Richardson Farias Vieira; Ana Luiza Privado Martins Feitosa e Thais Virginia Moura Machado Costa

Capítulos
INTRODUÇÃO

REFERENCIAL TEÓRICO

METODOLOGIA DA PESQUISA

RESULTADOS

DISCUSSÃO

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS



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